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Trabalho de reabilitação e reinserção social contribui para qualidade de vida de pacientes

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Recuperar, restaurar e devolver funções que tenham tido algum comprometimento. Esse tem sido o trabalho diário dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais das unidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). E o resultado dessa atuação tem se mostrado fundamental na promoção da assistência integral para diversos perfis de pacientes.

A coordenadora de Enfermagem e Equipe Multidisciplinar da Diretoria Assistencial (Dirass), Aline Cândido de Almeida Pinto Mendes, destaca a importância desses profissionais. “Na Fhemig, os fisioterapeutas atuam na assistência a pacientes acometidos por diferentes doenças, prevenindo complicações respiratórias, neurológicas e motoras. Realizam também atendimentos pré e pós-operatórios em diversas áreas, como cardiorrespiratória, ortopédica, neurológica e oncológica. Já os terapeutas ocupacionais trabalham no desenvolvimento de atividades para a reabilitação física e motora dos pacientes que apresentem alterações na realização de atividades do dia a dia, buscando melhorias no desempenho funcional, para o alcance de maior grau de independência e de autonomia”, explica.

Fisioterapia CSPD

Nas unidades do Complexo de Reabilitação e Cuidados Integrados da Fhemig, cuja assistência é voltada principalmente a pessoas idosas e acometidas pela hanseníase, a atuação desses profissionais está especialmente relacionada a melhorias significativas da qualidade de vida dos usuários. O fisioterapeuta e diretor da Casa de Saúde Padre Damião (CSPD), Adelton Andrade Barbosa, explica como isso ocorre na rotina assistencial. “Hoje temos a terapia ocupacional envolvida no diagnóstico e prevenção de lesões causadas pela hanseníase, serviço que é referência para 23 municípios da microrregião de Ubá. Quanto à fisioterapia, a inserção do profissional na corrida de leitos e na avaliação e tratamento de feridas crônicas tem reafirmado sua importância não só em nível ambulatorial, mas também hospitalar”, pondera.

Fhemig / Divulgação

A fisioterapeuta da CSPD, Thais Lima da Silva, atua na reabilitação, assistência asilar e hospitalar na unidade. A profissional explica que o trabalho é voltado especialmente para a prevenção de úlceras por pressão e de doenças decorrentes do imobilismo. “Entre as nossas melhores práticas estão a recuperação neurofuncional devido a lesão no sistema nervoso central, a protetização de membros amputados por conta de sequelas de hanseníase e a melhora significativa na segurança do paciente”, afirma.

Já a terapeuta ocupacional da CSPD, Eliane Duarte da Silva, que atua no serviço de Reabilitação e Prevenção de Incapacidades em Hanseníase, explica a importância da busca ativa de casos novos e reincidentes da doença por meio da realização de exames dermatoneurológicos simplificados. “A partir daí, é feito o levantamento da demanda e das necessidades de cada paciente e, assim, são feitas as orientações e indicações de recursos”, salienta. Entre os cuidados de terapia ocupacional oferecidos na unidade estão: aconselhamento quanto aos autocuidados e técnicas de reeducação sensorial para evitar agravos, acompanhamento quanto ao uso de órteses e calçados, confecção de adaptações de utensílios utilizados no dia a dia e treino de atividades de vida diária (AVD’s), além de esclarecimentos sobre a doença e suas sequelas.

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Na Casa de Saúde São Francisco de Assis (CSSFA), que integra o mesmo Complexo, o trabalho do serviço de fisioterapia abrange tanto o setor de reabilitação quanto as enfermarias. “Atendemos pacientes acometidos pela hanseníase e com incapacidade funcional e perda da autonomia, e que, portanto, necessitam dessa atuação intensiva. Na nossa Unidade de Cuidados Prolongados (UCP), por exemplo, oferecemos reabilitação desde casos de traumatismos cranioencefálico e raquimedular a tratamento de lesões e pós covid. Nas nossas práticas, destacamos a fisioterapia cardiorrespiratória, ortopédica, neurológica e geriátrica”, pontua a fisioterapeuta e coordenadora da equipe multidisciplinar da CSSFA, Cristiana Carneiro da Cunha.

Urgência e Emergência

No Complexo Hospitalar de Urgência, o trabalho de fisioterapia está presente desde a admissão do paciente na urgência e emergência. “Além da assistência antes e após as cirurgias, estamos também nas equipes de terapia intensiva, internação, cuidados prolongados e ambulatórios. As condutas são direcionadas para o retorno e otimização das funções respiratórias, motoras e neurológicas, com abordagem centrada nas necessidades específicas do paciente e da família”, afirma a liderança técnica da equipe de fisioterapia do Complexo, Andréa Afonso Mendes.

Terapia ocupacional HAC

“O nosso perfil dos pacientes é extenso: clínicos, politraumatizados, neurológicos, ortopédicos, queimados, de doenças sazonais e portadores de doenças raras infantis. A fisioterapia é essencial no tratamento agudo, bem como na reabilitação, diminuindo o tempo de internação e auxiliando ao retorno das atividades”, destaca Andréa. “Incluímos também a orientação e o treinamento aos familiares dos pacientes, para que haja uma continuidade do cuidado após a alta, além do encaminhamento ao serviço fisioterapêutico da rede municipal”, conclui.

Serviço Pioneiro

No Hospital Alberto Cavalcanti (HAC), do Complexo de Especialidades da Fhemig, a terapia ocupacional está presente, há mais de 20 anos, nos consultórios do ambulatório, nas enfermarias, na sala de quimioterapia, no serviço de cuidados paliativos e nos atendimentos em grupo, que ocorriam antes da pandemia. As terapeutas ocupacionais Cidélia Carmem Sousa e Isabella Biondi Jorge conduzem, atualmente, o serviço na unidade.

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“Entendemos que ofertar a terapia ocupacional no cenário das patologias oncológicas é importante, sobretudo para promover a independência funcional e autonomia do paciente nas diversas fases do tratamento. Atuamos no conjunto biopsicossocial, principalmente, orientando e motivando esse paciente para a reinserção em um papel ocupacional”, afirma Cidélia. “Entre os recursos utilizados em nossa prática hospitalar estão atividades como desenho, pintura, jogos de mesa, leitura e contação de histórias, entre outras. No serviço de mastologia, há condutas como o treino funcional e reorientação vocacional, quando indicada”, completa.

Uma das atividades do serviço é o bingo na enfermaria. “É, sem dúvida, uma das nossas práticas de maior sucesso. Trata-se de uma atividade consolidada, conhecida e bem recebida pelos pacientes. Por meio dela conseguimos estimular as funções cognitivas e a interação social, além de promover um momento de lazer durante a hospitalização”, destaca Isabella.

Obstetrícia

A gestação de alto risco e o puerpério com um recém-nascido internado exigem uma adaptação da mulher, da família e da comunidade. O trabalho da terapia ocupacional na Maternidade Odete Valadares (MOV), junto à equipe multiprofissional, tem por objetivo facilitar esse processo. “Nossa atuação tem como foco favorecer o desempenho ocupacional, a qualidade da permanência na unidade, a humanização do cuidado, além de promover um ambiente acolhedor, rotinas menos estressantes e redução do período de internação”, destaca Yara dos Santos Carvalho Coelho, umas das profissionais que compõem a equipe de terapia ocupacional da unidade.

“A rotina envolve corrida de leito, revisão de prontuário, coleta do histórico ocupacional, avaliação do recém-nascido, identificação de comprometimentos no desenvolvimento neuropsicomotor, intervenção precoce, orientação aos responsáveis, encaminhamento para rede de atenção à saúde, participação em discussões de casos e reuniões de equipe, além dos atendimentos com atividades terapêuticas para gestantes e puérperas”, explica Yara.

Entre as práticas oferecidas pelo serviço, destacam-se o posicionamento em rede terapêutica, uso da musicoterapia e imersão terapêutica em balde, que contribui para o equilíbrio comportamental e fisiológico do bebê, aliviando a dor, reduzindo espasmos e promovendo relaxamento. “As famílias se dizem mais seguras na realização dos cuidados com o bebê após a intervenção da terapia ocupacional. As gestantes falam da gratidão por tornar a rotina no hospital mais leve e, até mesmo, prazerosa”, conclui.
 

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Minas Gerais

Mais de 50 postos de combustível são fiscalizados pela Polícia Civil na capital

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PCMG / Divulgação

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), atenta ao contexto de aumento do preço de combustíveis veiculares em decorrência da greve de caminhoneiros, recém-finalizada nessa sexta-feira (22/10), realizou operação em Belo Horizonte e Região Metropolitana para fiscalização de postos fornecedores. Foram 50 postos visitados pelos policiais civis.

A ação policial foi organizada a partir de denúncias de consumidores reunidas desde 21/10 pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), com relatos de preços abusivos cobrados por postos da capital e outras irregularidades, como ações de reserva e estocagem ilegal.

“A partir dos levantamentos, organizamos um roteiro para fiscalizações com quatro equipes do departamento, totalizando 50 policiais civis empenhados em ações operacionais e de inteligência”, explica o chefe do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, delegado Júlio Wilke.

Dois dos estabelecimentos fiscalizados em BH, localizados nas regiões Centro-Sul e Barreiro, apresentaram indícios de preços abusivos e serão investigados pela Decon. Um dos postos, inclusive, voltou o preço indicado no painel obrigatório com a chegada da polícia, com redução significativa de 30 centavos no litro do etanol e de 20 centavos no de gasolina.

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A titular da Decon, delegada Danúbia Quadros, informa que a PCMG continua atenta a novas denúncias que possam surgir nos próximos dias.

“Os responsáveis pelos postos que estamos investigando, se constatadas irregularidades, podem responder por crimes contra as relações de consumo, previstos na Lei 8137/90”, conclui.

As denúncias podem ser encaminhadas à polícia por meio do Disque Denúncia Unificado 181 ou 197. O sigilo é garantido.

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