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Cultura

Secretário de Cultura se reúne com músicos de Passos

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Por Valéria Faleiros

Uma reunião foi promovida na noite de ontem (08/02), pela Secretaria de Cultura e Patrimônio Histórico da Prefeitura de Passos, para discutir assuntos relacionados aos artistas do segmento musical.  A reunião ocorreu às 19h, no anfiteatro da Casa da Cultura, e contou com a participação de mais de 30 representantes.

De acordo com o Secretário Municipal de Cultura, Pedro Silva, o Pedrinho do Coliseum, o encontro marcou o início de um “Ciclo de Diálogos” programado para ocorrer durante todo o mês de fevereiro. A intenção  é conhecer a realidade de cada segmento, quem são seus representantes,  e as demandas de cada setor.

Depois dos músicos, a secretaria se reúne na próximaquarta-feira, dia 10,  com os artistas da dança e cultura de rua; na sexta-feira, dia 12, com os profissionais do teatro,  e assim segue com encontros agendados até o dia 22 de fevereiro  abrangendo todas as classes artísticas.

“Queremos ouvir todas as classes e conhecer as demandaspara saber como a secretaria  pode estar ajudando a fomentar  cada segmento. Queremos responder de acordo com as necessidades”, declarou Pedrinho comentando que ficou surpreso com o grande número de participantes nesta primeira reunião.

PORTAL

Durante o encontro, foi informado aos participantes que a Secretaria de Cultura agora conta com portal vinculado ao site da Prefeitura Municipal de Passos, e também, criou uma conta no Instagram. Os novos canais de comunicação têm por objetivo estreitar o relacionamento com o público.

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No portal  da Cultura serão divulgados os serviços oferecidos pela secretaria, bem como notícias e eventos realizados pela pasta,  divulgação dos espaços culturais na cidade, entre outro s. Há inclusive uma área de cadastramento dos artistas locais. Aliás, esta foi a primeirarecomendação de Pedrinho aos músicos, de que eles realizem o cadastro, pois  é através dele que a prefeitura terá condições de conhecer o panorama artístico na cidade e trabalhar para o fomento do setor.

“ O cadastro é uma oportunidade dos artistas locais terem  um microportal  dentro do site da prefeitura onde vai poder colocar a sua agenda, fotos, formação, oportunidades.  É uma forma de nós conhecermos os músicos e os artistas que nós temos e mais uma ferramenta de divulgação dos trabalhos”,  explicou.

ORGANIZAÇÃO

Outra orientação dada pelo secretário é de que os músicos se organizem não apenas enquanto artistas, mas também na parte empresarial. “Alguns músicos da nossa cidade se organizaram artisticamente, mas não se organizaram como empresas. Muitos não apresentam CNPJ e com isso não conseguem pleitear novas oportunidades.  A classe precisa se organizar para conseguir produzir, para ter acesso a recursos e leis de incentivo”, pontuou  Pedrinho  sugerindo que os  músicos  busquem  se integrar às associações de artistas já existentes na cidade,  ganhando força e representatividade.

O secretário destacou ainda que o movimento musical em Passos é muito forte, mas existem pontos frágeis no setor que precisam ser melhorados. Neste sentido, citou a falta de um Conservatório de Música para ajudar na formação dos profissionais, e a falta de festivais que promovam e lancem novos talentos.

Também mencionou as dificuldades de ordem financeira, alegando que os recursos disponíveis da Secretaria de Cultura são limitados. De acordo com o orçamento para o ano de 2021, a pasta conta com R$ 1,5 milhão para atender  todas as ações e serviços neste ano.

“No fritar os ovos,  o que nos sobra para contratação de artistas gira em torno de R$ 600 mil. Não consigo  contemplar a todos, nem mesmo a maioria. Então, precisamos nos organizar, ter essa parte burocrática toda em dia, para as oportunidades que forem surgindo”.

Por fim,  Pedrinho se mostrou disposto a dialogar e trabalhar em busca de novas oportunidades  para  os artistas de Passos, justificando que esse  movimento inicial de reconhecimento do setor é de extrema importância, principalmente, considerando o  atual momento vivido pela sociedade em decorrência da pandemia de Covid-19.

“Sei o quanto a pandemia foi prejudicial para a classe artística. Estamos no fundo do poço. Porém agora não é hora de ficarmos pisoteando uns aos outros, mas sim de nos ajudarmos, somarmos força para criarmos oportunidades juntos”,  declarou   o secretário  pedindo que os músicos  estabeleçam quais são as principaisdemandas e as apresente para a secretaria avaliar o que pode ser feito.

#cultura #passos #gmais

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Análise e crítica do longa Medida Provisória

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Mais nova produção de Lázaro Ramos, Medida Provisória acaba de chegar ao cinema. Apesar da sua disputa pelo espaço de exibição nas telonas com as grandes produções internacionais, o longa conseguiu, em boa parte das cidades, ser selecionado para a grade de filmes em cartaz. Definitivamente uma conquista, não apenas para Lázaro, mas para todo o Brasil.
Tratando-se de uma produção com lances extremamente irônicos, não é raro que o espectador se depare com rastros da própria história do Brasil ali representada. Todas essas jogadas, é claro, se encaixam perfeitamente na ideologia de que esse filme tenta passar.
Em uma análise mais técnica, destaca-se a impecável direção de fotografia do filme. Em diversos momentos, são vistas cenas de deixar o espectador encantado com toda a montagem que se entremeia em realidade. Com representações muitas vezes minimalistas, mesmo que o filme não tivesse um som sequer, a história seria bem contada apenas pela cenas impecáveis.
Voltando à história, ambientado em um futuro distópico em que a população negra do país é obrigada a se mudar para a África com a desculpa da realização de uma reparação histórica, o filme acompanha a perspectiva de Antônio, Capitu e André, respectivamente interpretados por Seu Jorge, Taís Araújo e Alfred Enoch. Vale ressaltar a excelência aplicada por todos esses atores ao desempenharem papeis complexos como estes, sendo tudo executado com maestria. Entretanto, seria injusto que não fossem destacadas as cenas de dor belissimamente representadas por Alfred Enoch, dignas de uma indicação ao Oscar. Alfred se entrega ao seu papel de modo excepcional, sendo válida até mesmo a comparação com a atuação de Adam Driver em História de um Casamento, com a qual foi indicado ao mesmo prêmio. A tristeza demonstrada pelo ator brasileiro comove todo o cinema, fazendo com que espectador e filme tornem-se um.
Anteriormente à Medida Provisória, os três personagens moravam juntos e viviam suas vidas tranquilamente. No entanto, após uma votação governamental, é decidido que todos os negros deveriam, mesmo que pelo uso da força, ser mandados para a África, independente do direito constitucional da liberdade. Com sua vida virada ao avesso, Capitu vê-se separada de sua família, sem a capacidade de contactá-la. Desesperada, acaba encontrando um “afrobunker”, que, como ela mesma afirma, se assemelha aos antigos quilombos existentes na época da escravidão brasileira. Enfrentando diversos dilemas morais, a mulher se vê em um paradigma muitas vezes encarado por muitas brasileiras: é mesmo ideal colocar mais uma criança no mundo com toda a situação em que vivemos?
Do outro lado da cidade, Antônio e André, presos dentro de casa, acabam tecendo importantes discussões sobre ética e igualdade. Afinal, seria correto que replicassem todo aquele ódio por vingança? A resposta é dada já no último ato do longa. Mergulhando em um paralelismo de vários negros enfrentando apenas um branco e vários brancos enfrentando apenas um negro, a situação não parece muito bem querer se apoiar em ética ou discursos filosóficos. Com trágicos resultados, a morte passeia por ambas as situações, afirmando, mais uma vez, que, através do ódio, nada se resolve, apenas resulta em perdas.
Mas, claro, essa conclusão leva à esperança. Esperança essa que faz com que Capitu deixe sua segurança para ir atrás de seu marido. Seguindo uma bela cena que para os amantes de das produções nacionais com certeza já conheciam pela série 3% da plataforma Netflix, ao som de Preciso me Encontrar, há a demonstração daquilo que todo brasileiro deveria saber: somos um povo plural, mas somos um – todos brasileiros, de um só coração.

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E é com essa ideia que o filme se encerra. Há um belo reencontro, mas não apenas de um casal. Há o reencontro de um povo com sua alma, de um povo com seu futuro. Futuro este permeado de sintonia. Assim sendo, o filme finaliza com a palavra que mais uma vez ressoa ao redor do povo brasileiro: esperança. Esperança de união, esperança de igualdade e esperança de um futuro em que todos possam viver e se encantar com a beleza de que é a diversidade colorida do Brasil.
Por Amanda Gambogi

amandagambogi#cinema#medidaprovisoria#analise

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