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Criação de suínos em cama sobreposta diminui custos, protege meio ambiente e gera renda na agricultura familiar

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Emater-MG / Divulgação

Uma experiência em Sacramento, no Triângulo Mineiro, está provando como é possível tornar mais viável a suinocultura, cumprindo a legislação ambiental, sem aumentar demais os custos da atividade para a agricultura familiar. A conclusão está amparada num exemplo de implantação do sistema de cama sobreposta para suínos, que um produtor local implantou em sua propriedade. A iniciativa contou com a orientação técnica do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), no município. O abandono da atividade, pelos pequenos criadores da região, chamou a atenção do corpo técnico da empresa pública de extensão rural por ser uma prática considerada tradicional nas redondezas.

O sistema, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é considerado uma alternativa prática, simples e barata para tratar o esterco e urina dos animais. Na operação, os líquidos gerados pelos dejetos são absorvidos o que evita mau cheiro, moscas e a poluição do ambiente. E de quebra ainda produz adubo para as plantações.

“Nada mais é que uma cama, dentro de um ambiente coberto, de pé direito com medidas padrões para o sistema. Ela pode ser composta de casca de arroz, palha de café ou serragem e funciona muito bem. Desde que a cobertura seja feita de maneira adequada para evitar chuva”, explica o técnico da Emater-MG local, Alison Rodrigues. Segundo Alison é preciso também, prestar atenção na altura da cama que deve ter aproximadamente, 50 centímetros de espessura do substrato para que o processo tenha sucesso.

De acordo com o extensionista, a criação de suínos se destaca como uma das atividades de maior potencial poluidor e são grandes as dificuldades de pequenos produtores se adequarem à legislação ambiental. “É alto o índice de exigência e a implantação é onerosa, além de cada dia a fiscalização ser mais severa”, justificou.

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Custo

Alison conta que a ideia da cama sobreposta para suíno, no município de Sacramento surgiu a partir de demanda do agricultor Reginaldo Rosa Gomes, que cria porcos como fonte complementar de renda e precisava se adequar à legislação ambiental para se manter na atividade. “Foi a solução encontrada para atender esse agricultor familiar com o menor custo possível”, disse. O técnico da Emater-MG salienta que, se comparado com o sistema tradicional de fossa, ideia inicial do produtor, para destinar os dejetos dos animais até o descarte, os custos são de 20 a 50% menores.

Isso é possível, na avaliação do extensionista, porque o sistema reduz o uso de mão de obra para o manejo diário dos animais e da cama, que pode durar até um ano pra ser trocada, enquanto a fossa precisa de ser limpa, o que encarece sua manutenção. Rodrigues destaca também a economia com a compra de adubos, já que o composto gerado pela cama é aproveitado. Ele também chama a atenção pelo fato do sistema tornar os animais mais calmos, evitando estresse, canibalismo e mortalidade entre eles.

“Com a implantação desse novo sistema foi possível disponibilizar a mão de obra para as outras atividades desenvolvidas na propriedade e também sobrou mais tempo para o lazer da família. Atendeu com eficiência a necessidade desse grupo familiar, adequando a produção de suínos a legislação, com melhoria ambiental do local, redução dos odores e insetos, além de servir como modelo para implantação em outras propriedades do município que enfrentam o mesmo problema”, ressaltou.

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Como o produtor pioneiro do município, no uso do sistema de cama sobreposta, em seu criatório de suínos, Reginaldo parece satisfeito com o resultado. “Melhorou muito. Não dá mau cheiro e a gente aproveita a serragem que vira esterco e joga nos pés de café, pastos e roças. É um esterco muito bom”, garante. Segundo o produtor, o sistema instalado em sua propriedade atende até 30 animais, mas hoje gira em torno de 20 cabeças. Além da suinocultura e cafeicultura, Reginaldo Rosa fabrica Queijo Minas Artesanal. Também vende gado leiteiro e de corte para recria.

MelhorInovação 2021

Tendo em vista o resultado e a simplicidade desse sistema, implantado há dois anos em Sacramento, esse trabalho foi inscrito no concurso interno da Emater-MG, MelhorInovação 2021, sendo destaque da unidade regional Uberaba, também no Triângulo. O concurso tem por objetivo destacar as melhores iniciativas da empresa que valorizem profissionais e clientes da empresa.

Com o nome “Sistema de Criação de Suínos em Cama Sobreposta Integrado à Produção de queijos Artesanais e Café” o projeto mostrou um caso típico de diversificação e integração de atividades.

O produtor Reginaldo Rosa Gomes cria suínos, utilizando um sistema, que gera adubo, a partir da palha do café e utiliza esse adubo para suas lavouras. Ao fabricar Queijo Minas Artesanal, ele destina parte do soro para alimentar os porcos. Desta forma, a integração das culturas não traz impacto ao meio ambiente, mas melhora a renda e reduz os custos com adubo e a alimentação dos porcos.

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Minas Gerais

Governador prestigia posse do novo presidente do TJMG

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O governador Romeu Zema participou da posse do novo presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador José Arthur Filho, que assume o cargo para o biênio 2022-2024. A cerimônia ocorreu nesta sexta-feira (1/7), no Palácio das Artes, em Belo Horizonte.

Zema celebrou sua primeira participação presencial em uma posse da presidência do órgão, já que, durante a cerimônia de 2020, ele só pôde fazê-lo por videoconferência, em função da pandemia. “Fico muito satisfeito de o Tribunal mais uma vez ter feito um processo transparente, liso, e ter nomeado alguém com tanta capacidade”, disse, ao dar boas vindas ao magistrado no comando da Casa.

O governador comentou sobre o respeito mútuo que que manteve com os dois presidentes anteriores do TJMG, contemporâneos de sua gestão à frente do estado. “Somos um governo transparente, que preza por um bom relacionamento, e tenho certeza que vamos aprimorar o que já era bom”, afirmou.

O novo presidente do TJMG foi empossado pelo antecessor, desembargador Gilson Soares Lemes, que ocupava o cargo desde 2020. Ao transmitir a presidência, Gilson Soares Lemes fez um balanço das conquistas desses dois anos à frente do cargo. “Nesse biênio, muitas sementes foram plantadas e  os frutos estão agora sendo colhidos”, afirmou, ao citar avanços em áreas como tecnologia, infância e juventude, sustentabilidade e combate à violência contra a mulher.

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Ele salientou o trabalho de conciliação do Tribunal para a resolução de conflitos, em especial referência ao papel desempenhado após o rompimento da barragem de Brumadinho. “Destaco o acordo de proporções históricas e de repercussão mundial, no valor de quase R$38 bilhões, celebrado entre a mineradora Vale, o estado de Minas e as instituições públicas, um entendimento que encerrou uma batalha jurídica que poderia se estender por mais de duas décadas”, disse, citando ainda o programa Destrava Minas, responsável por desemperrar obras públicas que não tiveram andamento em razão de entraves jurídicos, por meio de um comitê interinstitucional, com a Advocacia Geral do Estado (AGE) representando o Governo de Minas Gerais.

José Arthur Filho se formou em Direito no ano de 1984, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele já havia ocupado cargos na Diretoria da Associação dos Advogados de Minas Gerais,foi diretor jurídico do Banco de Crédito Real, consultor jurídico do Instituto Mineiro de Assistência aos Municípios (Imam) e também atuou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG).

O novo encarregado pela direção do colegiado de magistrados enfatizou o papel do Judiciário na proteção de uma sociedade livre, justa, fraterna e solidária, obedecendo preceitos da Constituição Federal de 1988, e reverberou a importância de manutenção do diálogo entre instituições. “Manteremos uma relação harmoniosa e o equilíbrio entre os Poderes, seguiremos em defesa de garantias e independência e autonomia do Judiciário, vamos fortalecer o permanente diálogo com advogados, procuradores do Estado, Ministério Público e membros da Defensoria Pública com o objetivo comum de defesa da ordem jurídica e do estado democrático”, assinalou.

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Ele chegou ao tribunal ao assumir uma cadeira como desembargador do TJMG em 2014 e, antes de chegar à presidência do tribunal, havia sido superintendente adjunto administrativo da Casa, onde também exerceu as funções de superintendente de Planejamento Administrativo e Gestão de Bens, Serviços e Patrimônio, além de membro da Comissão de Orçamento, Planejamento e Finanças.

Também tomaram posse na cerimônia os demais integrantes da Alta Direção da Corte: desembargador Alberto Vilas Boas Vieira de Sousa  (primeiro vice-presidente), desembargador Renato Luís Dresch segundo (vice-presidente), desembargadora Ana Paula Nannetti Caixeta (terceira vice-presidente), desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior (corregedor-geral de Justiça) e Yeda Monteiro Athias (vice-corregedora-geral de Justiça).

O Legislativo mineiro também esteve na solenidade, com a presença do presidente do  Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus. A mesa de honra foi composta ainda pelo prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, e pela presidente da Câmara Municipal de BH, Nely Aquino, além do senador Alexandre Silveira e do deputado federal Olavo Bilac.

Fonte: Agência Minas

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